Escolas têm grande desafio de reduzir descontos
A pandemia aumentou o índice de concessão de descontos para famílias com filhos matriculados em escolas particulares. Mas, com a retomada do ensino presencial, é necessária a redução desses descontos. O que acontece, no entanto, é que as escolas têm se deparado com dificuldades para reduzir gradualmente os descontos adicionais que foram concedidos durante o pior momento da pandemia, o que cria prejuízos também na recuperação de sua rentabilidade. Arraste para o lado e entenda mais sobre o assunto.
Confira abaixo:
- A concessão de descontos nas anuidades para famílias que solicitam e comprovam a necessidade é prática disseminada no setor do ensino privado – inclusive como política estratégica de maximização de receita. De 2005 ao início de 2020 a concessão média de descontos oscilou sempre entre 15% e 17% do número de alunos das escolas.
- A pandemia mudou a ordem de grandeza desse número: em 2021 ele passou dos 21%. Esse aumento de 4 pontos percentuais representa um volume imenso de recursos que foram subtraídos do orçamento das escolas sem nenhuma contrapartida de redução de custos. A recuperação do setor, portanto, passa necessariamente pela redução desse índice.
- Apesar da melhora das condições econômicas após o pico da pandemia e do retorno pleno às atividades presenciais, as escolas têm encontrado uma resistência muito maior do que o imaginado para retroceder nessa concessão de descontos. Ainda no começo de 2022 esse índice médio ainda estava em 20,9% – ou seja, muito próximo ao dos piores momentos de 2021.
- Esse é um caminho doloroso, mas do qual as escolas não têm como escapar, caso queiram recuperar sua rentabilidade: o da redução gradual dos descontos adicionais que foram concedidos durante a pandemia. E deve caber às escolas essa iniciativa, e não aos pais os alunos.